24 de março de 2013
Poesias

A nossa vida

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Entre tambores, flores, festas e Orixás, enamorei o seu corpo com a minha retina! Na sua boca, repousei a minha boca. Ah, quanta vontade desse repouso de lábios, do pouso sem limites do meu corpo sobre o seu corpo, e do enlace mais profícuo de nossas almas suplicantes!

Assim começamos juntos a nossa vida! Abraçamos a felicidade, nos amamos o quanto o tempo permitia, nos unimos ainda mais nas dificuldades e fomos mais amigos na tristeza. Assim, nos fizemos mais homogêneos, mais parceiros, inseparáveis!

Por anos a fio, fomos escrevendo a nossa história. História de felicidade que se sobrepõe às tristezas, história que se constrói enfrentando juntas as dificuldades, história que se fortalece pela proximidade — e até pela ausência, que julgamos ser a medida certa!

Eu, você — a minha mulher, a minha amante, a minha amiga, a minha esposa, a minha flor, o meu jardim, o meu tudo, o meu nada… Você, que é a minha confusão de sangue, a minha mistura de alma, o meu embaraço de mãos, o meu enlace e desenlace de pernas… A minha loucura de troca ardorosa de salivas, línguas e gozos!

Quanto mais os ciclos se completam, mais podemos nos permitir viver novas histórias, novas alegrias, novas rusgas e novas tristezas. Já dizia Vinícius que “amor só é bom se doer” — então, que doa, lateje, se aprofunde, mas que você permaneça ao meu lado para o momento intrínseco das pazes, do amor, do abraço e dos beijos que emolduram o fim das contendas!

Que permaneçamos juntos! Meu coração escolheu você para a eternidade — e sempre! O que seria da minha vida sem a sua vida? Que possamos, juntos, despertar pela manhã e começar a nos amar com um simples bom-dia, com um beijo, um afago, e apertados abraços que a renovem para ser minha pelos restantes de nossos dias!

Autor: Tulio Rodrigues
Imagem por Peggy_Marco via Pixabay

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